04
Fev 10

CRIANÇAS INDIGO E CRIANÇAS CRISTAL I

 

CRIANÇAS INDIGO E CRIANÇAS CRISTAIS PARTE I
 
Nos últimos anos, nós pediatras, que lidamos diuturnamente com crianças, temos tido a oportunidade de perceber que algo diferente está acontecendo com nossas crianças.
De uns dez anos para cá, percebemos que têm nascido crianças muito especiais, inteligentes, sensíveis, extremamente precoces em seu desenvolvimento, e alguns superdotados, com dons, seja artísticos ou científicos, que nos deixam de queixo caído.
Buscando informações sobre essas crianças, mormente na internet, encontrei o tema deste nosso post. Lendo vários artigos sobre o assunto, alguns itens ficaram mais claros.
Desde a década de 60 a 70, começou a reencarnar em nosso planeta espíritos evoluídos, cuja aura irradia uma cor azul índigo, daí o nome crianças índigo. Estes são espíritos de certa forma rebeldes, questionadores, alguns difíceis de serem educados pelos pais e pelas escolas, pois simplesmente não aceitam a lógica reinante, qual seja, “eu sou seu pai e portanto me obedeça” ou “sou sua professora, portanto, fique quietinho que aqui mando eu”. Para estas crianças índigo, a única maneira de ter alguma ascensão sobre elas é pelo convencimento, pelos argumentos e pelo diálogo. Qualquer outra forma, baseada na força, simplesmente não funciona, pois elas não têm medo do castigo físico ou de cara feia.
São espíritos que vieram preparar o mundo para uma revolução que está em curso, pois nosso planeta está passando por uma elevação de grau, ou seja, estamos passando de um planeta penitenciária para um planeta em regeneração.
Conforme diziam os profetas do apocalipse, nos últimos tempos, as portas do inferno seriam abertas, para oferecer uma oportunidade aos espíritos mais atrasados de, pela última vez, reencarnarem na Terra e melhorarem. Porém, essa oportunidade foi desperdiçada, e este planeta não poderá mais permitir o reencarne delas nas próximas gerações. Com isso, somente os espíritos melhores poderão aqui reencarnar, o que, inevitavelmente, causará uma elevação de estágio e de nível vibracional dos seres que aqui encarnarão. E isto tem ocorrido sistematicamente, fazendo com que levas e Levas de espíritos melhores reencarnem, causando confusão em nossas cabeças, seja de profissionais de saúde, da educação ou mesmo nos pais.
A partir do ano de 2000, as crianças cristais começaram a reencarnar neste planeta. São crianças cuja aura é incolor, daí o nome cristal; são espíritos de alto gabarito, de muita elevação e que guiarão o nosso planeta no futuro próximo. Elas têm capacidade telepática e por isso, têm alguma dificuldade em aprender a falar em nossa linguagem oral. Além disso, têm uma alta sensibilidade para as artes, a música, e outras atividades elevadas. São crianças amorosas, compassivas e com alto nível de altruísmo, sendo as suas preocupações voltadas para outrem, seja sua família, amigos ou mesmo pessoas desprovidas da sorte, a quem dedicam sua atenção e preocupação.
Baseado nesta observação, eu não consigo acreditar que o nosso Criador desperdiçaria essa leva de espíritos bons que têm reencarnado e cause o “fim do mundo”, como preconizado por muitas seitas e religiões. Acredito muito mais que o fim do mundo, seja na verdade, o fim do mundo da violência, das drogas, do sexo desenfreado, do materialismo, do consumismo, do egoísmo e de toda forma de maldade que ainda têm imperado em nosso mundo atual. Estes espíritos, mais atrasados, com certeza não terão lugar neste novo mundo que se avizinha, e terão provavelmente, que ser removidos para outro planeta mais atrasado, mais de acordo com seu grau de vibração e evolução, onde terão que recomeçar o ciclo evolutivo, como alunos reprovados no exame de elevação de nível.
Enquanto isso, o planeta Terra, livre dos Pablo Escobar, Fernandinho Beira Mar e outros desse nível, passará por um processo acelerado de desenvolvimento moral, onde as atuais crianças cristal, escudados e auxiliados pelas crianças índigo, serão os líderes desse processo, seja como governantes, seja como empreendedores,numa nova maneira de se cuidar da coisa pública, sem a corrupção que hoje grassa entre nossos políticos, seja nas empresas, que hoje vêem o empregado como um escravo a ser explorado e que no futuro próximo, verá no funcionário um colaborador, um ente importante, fundamental e razão de ser da empresa, que não mais buscará o lucro desenfreado, mas será o local que permitirá a todos trabalhar, crescer, desenvolver financeiramente e levar desenvolvimento para as comunidades. Parece uma grande utopia, mas parece lógico, ao assistirmos as mudanças aceleradas pelas quais o nosso mundo tem passado. Os grandes cataclismos, os grandes terremotos, maremotos e outras grandes tragédias que têm ocorrido ultimamente, parece ser o prenúncio de que na verdade, o fim dos tempos já chegou e está acontecendo em todos os lugares e momentos. É um processo acelerado de depuração, onde as células doentes, cancerosas, estão sendo removidas para permitir a cura do doente, o nosso planeta, para que o mesmo possa continuar a sua existência.
Independente de ficarmos ou sermos removidos, esta é uma oportunidade ímpar de aprendizado, pois seja qual for o nosso destino, teremos a oportunidade de assistirmos uma grande transformação, na verdade, uma grande revolução em nosso mundo. Passada a tempestade, uma era de grande bonança se seguirá, com muita qualidade de vida para todos que aqui restarem.
É esperar para ver. Quem viver, verá.
publicado por drtakeshimatsubara às 14:41 | comentar | ver comentários (2) | favorito

ALEITAMENTO MATERNO

Uma das perguntas mais freqüentes, em consultório de pediatria, é em relação à alimentação.
O aleitamento materno, sem dúvida alguma, é um dos atos mais maravilhosos e divinos na vida da mulher que têm essa possibilidade, pois, a cada dia que passa, as pesquisas mostram novas surpresas sobre a propriedade do leite materno. Por exemplo, ele tem uma composição diferente, dependendo da idade do lactente, se ele for prematuro, ou se o dia estiver mais quente, ou mais frio, a composição muda, acompanhando a necessidade do seu filho. Além disso, é sabido por todos que o colostro, aquela “aguinha” que toda mãe produz nos primeiros dias do aleitamento, tem uma composição riquíssima em anticorpos, seria como uma vacina, que vai proteger o bebê nos primeiros meses de vida, para que o mesmo possa enfrentar os vírus, bactérias e fungos que tentam causar doenças. Além disso, o ato de amamentar, é carregado de toda uma energia positiva, que fortalece a relação mamãe-bebê, criando vínculos que perdurarão por toda a vida de ambos.
Existem alguns “segredinhos” que precisam ser conhecidos pelas mães, cujo desconhecimento, é causa freqüente de interrupção precoce do aleitamento. Após a descida do colostro, este precisa ser esgotado, o que dura em média de um a dois dias, para permitir a descida do leite, propriamente dito. O fator primordial que provoca a produção do leite, é a sucção do bico do peito, pelo neném. Quanto mais forte a sucção, mais rápido a descida do leite. Além disso, após alguns dias, em torno de 7 dias, existe uma produção exagerada, que faz com que o leite vaze, chegue mesmo a esguichar longe, molhando a roupa da mãe. Como a criança não dá conta de toda a produção, o cérebro manda uma ordem para a mama produzir menos leite, ocasionando uma diminuição, em geral por volta dos quinze dias desde o inicio do processo. Nesta hora, uma grande quantidade de mães, por desconhecer o mecanismo, fica preocupada, achando que o seu filho está passando fome, e tasca uma mamadeira de leite, em geral leite Nan. Neste momento, a grande maioria das mães interrompe o aleitamento, por desinformação.
Portanto, precisamos disseminar conhecimento sobre aleitamento, pois a nossa sociedade está saindo de uma geração que deu muita ênfase para o aleitamento artificial, devido a interesses escusos, e muita informação foi perdida. Muitas das avós de hoje, não amamentaram seus filhos e por isso, desconhecem algumas informações importantes para passar para suas filhas que estão procurando resgatar essa medida de alimentar os seus filhos, que ela sabe ser melhor para o seu filho.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:46 | comentar | ver comentários (2) | favorito

DISCIPLINA

A humanidade, vive de ciclos, de expansão e retração, sístole e diástole, yin e yang. São movimentos complementares, onde um completa o outro. Até a década de 50, tivemos uma fase conservadora, conseqüência da era vitoriana, onde a moral e os bons costumes pregavam que a mulher devia se casar virgem, os pais castigavam os filhos com palmatórias, cintos e outros apetrechos, e a moda refletia isso, com saias longas, para as mocinhas e os rapazes de terninhos e outras roupas hoje tidas como caretas.
De repente, tivemos a década de 60, onde tivemos várias revoluções que sacudiram nosso mundo: Foi inventada a pílula anticoncepcional, e isto ocasionou os movimentos pelo amor livre, os hippies e os festivais de rock. Tivemos também a revolução dos estudantes, que começou em Paris e se espalhou pelo mundo todo, rebelando-se contra o modelo de educação conservador nas universidades; tivemos uma mudança intensa nos costumes, pois a sociedade passou a questionar avirgindade, o casamento para a vida toda, o aborto, etc.
Diante de tanta transformação, no sistema pedagógico, começou a imperar um modelo piagetiano, (Jean Piaget 1896-1980), que pregava que as crianças deviam ser deixadas livres, sem amarras e que os educadores não deviam tolher a liberdade criativa das criancas. Isto causou uma profunda transformação no modo de pensar e educar no mundo todo.
Associado a isso tudo, veio o Estatuto da Criança e do Adolescente, (Lei 8069 de 13 de Julho de 1990), que apesar de todos os seus progressos e virtudes, veio confundir a cabeça dos pais e colocar medo neles, pois qualquer ação sobre seus filhos poderia ser motivo para ser achincalhado pelo Conselho Tutelar.
Diante de tudo isso, os pais se sentem totalmente inseguros sobre como conduzir a educação dos seus filhos. Alguns, optam por deixar o barco correr, esperando que a escola dê a educação que o seu filho precisa.

CONTINUA NO PRÓXIMO POST

publicado por drtakeshimatsubara às 01:45 | comentar | favorito

DISCIPLINA, PARTE II

Conforme postado anteriormente, a disciplina tornou-se um problema sério para a sociedade de hoje, pois os pais se sentem perdidos, sem rumo, sem saber como educar os seus filhos.
As mudanças na sociedade foram tão intensas e rápidas, que nós não tivemos tempo de nos adaptar a elas. A geração que hoje seria dos avôs, (onde alguns deles foram os hippies de ontem), não soube instruir os pais de hoje adequadamente sobre os modelos de educação a ser seguido.
A maior dificuldade na educação dos nossos filhos ocorre porque eles não vêm com manual. Cada pai e mãe têm que descobrir, empiricamente, como melhor educar os seus filhos. E nesse processo de tentativa e erro, estes últimos são maiores.
Um dos princípios básicos, na educação de nossas crianças é que precisamos corrigir o comportamento inadequado, na primeira vez em que ele ocorre, não importando a idade dos nossos rebentos. Desde o bebê pequeno, com alguns meses de idade, quando ele chora de birra, deve-se mostrar nosso descontentamento com isso, ao invés de atendermos todos os seus caprichos. Quando um pouco maior, ele faz cenas no supermercado, porque a mãe não comprou o chocolate que ele queria. A melhor conduta nessa hora, é simplesmente ignorar, pois ele sabe que, fazendo escândalo, a mãe fica morrendo de vergonha dos espectadores em volta e acaba comprando o que ele queria. Se a mãe tiver coragem e simplesmente não aceitar o jogo, saindo de cena, ele fica sem público e o seu teatrinho não terá funcionado.
Portanto, conforme diz o psiquiatra infantil, dr. Içami Tiba, amar nossos filhos é saber dizer não na hora certa. Nem sempre, ao fazermos todas as suas vontades, estaremos adquirindo o amor e o respeito das crianças, ao contrário, estaremos fazendo com que eles percam o respeito, fator primordial numa relação entre pais e filhos.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:44 | comentar | favorito

POLÍTICA NO BRASIL

Por um breve período, de 2002 a 2003, fui secretário Municipal de Saúde de Dourados, MS, Brasil, de onde eu saí em julho de 2003, devido a um infarto sofrido, em função do stress vivido.

Após essa saída, fui médico do PSF durante um períodi e logo em 2005, fui aprovado no concurso para médico perito do INSS, o que me permitiram finalmente construir minha casa e agora, trocar de carro.

Logo, começaram os comentários maldosos, dizendo que eu havia roubado dinheiro da secretaria de Saúde, pois mudara de um bairro de periferia, o Jardim Maracanã, para morar numa casa num bairro nobre de Dourados.

Coloco o meu sigilo bancário, telefônico, fiscal, de todos os meus parentes  e de quem mais as pessoas quiserem saber, a disposicao do povo douradense, para que os mesmos confirmem essa suspeita canalha.

Parece que neste país, toda pessoa que ocupa cargo público já carrega uma pecha, uma suspeita de início, de que o mesmo é ladrão.

Triste país o nosso, onde pessoas de bem não podem fazer nada por seu próximo

Espero que algum dia, as pessoas possam usar a política para o beneficio comum, para que todos possam se beneficiar do mesmo para melhorar a coletividade, em vez de ficar usando a mesma para beneficio proprio.

Quem sabe um dia?

publicado por drtakeshimatsubara às 01:42 | comentar | favorito

FILHOS

FILHOS

A sociedade moderna, após a década de 70 e 80, valorizou a diminuição do número de filhos nas famílias brasileiras. Estamos hoje com uma média de 1,8 filhos por casal, e isso tem uma série de consequências na nossa estrutura social.
Em primeiro lugar, são muitos os casais que resolvem não ter filhos. Seja por medo da violência, da falta de coragem de colocar um filho neste mundo tão cheio de maldades, seja por problemas biológicos, a verdade é que estas famílias sem filhos vivem em função do aqui e agora, sem se preocupar com o amanhã.
Outros casais, resolvem ter um filho apenas. Investem tudo naquele filho. Aulas de inglês, piano, kumon, esportes, natação, reforços escolares, terapia, etc. Ufa! Fazem uma programação da vida daquele filho desde antes dele nascer. Irá estudar nas melhores escolas,desde o maternal para que no futuro, faça a melhor faculdade, escolhem as vezes a profissão do filho, esquecendo de um pequeno detalhe: Esquecem de perguntar para o filho o que ele gostaria de fazer...
Em geral, os casais escolhem ter dois filhos, de preferência um casal de filhos. Também fazem uma programação, embora não tão rígida como no exemplo anterior, mas investem todas as fichas na educação, da melhor forma possível, para aqueles filhos, para que tenham a possibilidade da escalada social.
Já as famílias com 3 ou mais filhos são a exceção à regra. Seja por um acidente (a laqueadura que falhou, a camisinha que furou, o diu que não deu certo,) ou mesmo por opção, são a raridade nos dias de hoje. O mundo moderno conspira contra essas famílias: Quando viajam, quando vão para os restaurantes, nos quartos de hotéis, etc, tudo é planejado para no máximo 2 filhos, sendo quase sempre necessário alguma adaptação.
Outra mudança ocorrida na sociedade neste últimos cinquenta anos, foi a mudança das famílias, que antes eram multinucleadas e rurais, ou seja, conviviam nas fazendas ou nos casarões os avós, tios, sobrinhos, junto com os pais e filhos, para as famílias nucleadas, ou seja, somente pais e filhos. Não há , nas famílias de hoje, espaço para o convívio com muitos parentes e, com isso, perdeu-se também a troca de experiências. As famílias de antigamente tinham a participação de todos, ou seja, os avós davam opinião, bem como os tios e primos ajudavam na educação, e essa troca de informações enriquecia, de certa forma, a educação familiar. É claro que isso motivava brigas, desentendimentos, e outros danos, mas em geral, as famílias superavam essas dificuldades. Com a perda dessa fonte de informações, os pais modernos buscam informações com médicos, professores, vizinhos, internet, etc.
Na verdade, toda vez que nós olhamos o passado com nostalgia, podemos dar margem à fantasia e idealizações, ou seja, podemos imaginar que no passado era melhor que nos dias de hoje. Na verdade, nem sempre isso era verdade. Podemos nos esquecer que no passado, as famílias tinham muitos filhos porque a mortalidade infantil era muito alta e não raro, em famílias que tinham tido dezenas de filhos, um grande número deles morria, de sarampo, pneumonia, diarreia, desnutrição, etc. Além disso, nos grupos familiares numerosos, havia uma crença que os mais velhos eram sábios e deviam ser obedecidos cegamente, dando azo a muita crendice e informações errôneas que eram transmitidos de avó para mãe para filha.
A grande verdade é que as famílias de hoje, buscam de alguma forma, não errar ou errar menos, na educação dos filhos.
Precisamos ter em mente que na verdade, a questão prioritária é qualitativa e não quantitativa.
Em primeiro lugar, não adianta encher o filho de atividade desde que ele nasce, mas sim, escolher aquelas `as quais ele tem maior dom e preferência. Não podemos perder de vista que criança precisa brincar e não ter o dia todo ocupado com atividades maçantes e cansativas.
Precisamos aprender, enquanto pais, que, na natureza, o excesso de adubo mata a planta. O excesso de amor, sufocante e exagerado, pode sufocar as potencialidades do nosso filho. E estragá-lo pelo resto da vida. Eu tinha um professor, já falecido, que foi meu grande mestre, que dizia que estamos vivendo a geração “moyashi”. Para quem não sabe, moyashi é o broto de feijão, que nós comemos na salada e que é muito usada na culinária japonesa. Para se ter o moyashi, coloca-se o feijão apropriado, chamado feijão azuki, para brotar, num ambiente sem luz e com muita água. Ele cresce mole, sem caule, sem estrutura. Esta é uma geração onde os pais protegem tanto os seus filhos das dificuldades da vida, que eles crescem sem estrutura, sem caule, sem forma e moles, não resistindo a nenhuma dificuldade. Isto tem causado, no Japão, um índice assustador de jovens que se suicidam, quando têm uma frustração, seja profissional ou afetiva.
Outra coisa que não podemos perder de vista é que a vida é do filho e não nossa. Aprender a respeitar os seus anseios e desejos, quais são os objetivos de vida, os seus projetos profissionais, as suas relações. Procurar não transferir nossas frustrações e desejos não realizados para que nosso filho o faça por nós.
Enfim, precisamos aprender que ter filhos, educá-los e prepará-los para a vida é uma grande arte, onde precisamos dosar paciência, conhecimento e, principalmente, muito amor. Mas na dose certa. Não é uma empreitada fácil, mas não é nada impossível, desde que nós possamos manter, acima de tudo, o bom senso e a sabedoria.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:40 | comentar | favorito

CENTRO HOMEOPÁTICO DE SAÚDE PÚBLICA DE DOURADOS

CENTRO HOMEOPÁTICO DE SAUDE PÚBLICA DE DOURADOS

Em 18 de maio de 1992 foi fundado o Cento Homeopático de Saúde Pública de Dourados, “Dr. Santiago Martinez dos Santos,” numa edícula na Rua Antonio Emilio de Figueiredo. Era uma casa que tinha um problema crônico no telhado e, toda vez que chovia forte, inundava tudo por dentro. Mas, foi um embrião de um projeto visionário, liderado por vários médicos homeopatas da cidade e que contou com o apoio do então prefeito, Brás Melo, que foi um grande incentivador do projeto.
Ao longo dos anos, ele foi mudado para, como dizia o dr. Archiduque Fernandes, a b... (região glútea) do Centro de Saúde Tipo A até que, em 30 de janeiro de 2000, ser inaugurado em prédio próprio, no segundo mandato do prefeito Brás Melo, com Sandro Barbara como secretário de Saúde da época.
Ao longo desses dezessete anos, ele serviu para fornecer material para diversas teses de mestrado e doutorado de vários autores de grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro; serviu também para estágio de diversos alunos formados no curso de homeopatia de Campo Grande, que tinham lá suas aulas teóricas,, mas a parte prática, concluíram no Centro Homeopático, cujo volume de atendimento, contribuiu decisivamente para a grande qualidade dos médicos formados. Seu projeto serviu de inspiração para que outros centros homeopáticos fossem criados pelo Brasil afora, como Juiz de Fora, Vitória, Rio de Janeiro, Volta Redonda, etc.
Através da liderança natural do dr. Archiduque, juntamente com o Dr. Ailton Salviano, dr. Nelson Kozoroski, Dra. Maristela Menezes, Dr. Carlos Cesar Gazal Mahmoud, dr. Takeshi Matsubara dra, Alice Kozoroski, Dr. Laidenss Guimarães, dra. Heliá, Dra. Eliane, dr. Sérgio Marra, vários médicos, ao longo dos anos, compartilharam, com dra. Waldenil Carneiro Rolim, psicóloga, e vários funcionários, a honra e o privilégio de poder trabalhar num local onde se respira homeopatia.
O Centro Homeopático tratou milhares de pacientes ao longo desses anos, gratuitamente, pelo Sus, contribuindo para a difusão da homeopatia em nossa cidade e região. Apesar de todas as campanhas difamatórias que a Rede Globo desenvolveu ao longo dos anos, ela não conseguiu abafar e acabar com essa especialidade, pois seus resultados falam mais alto que todo o preconceito e desinformação, inclusive de diversos médicos e cientistas, cujo desconhecimento sobre o tema, aliado ao racionalismo exacerbado, contribuiu para fomentar essas campanhas negativas. Como dizia o dr. Archiduque, contra fatos não há argumentos. O fato é que os pacientes melhoraram, não precisaram mais tomar remédios aos montes, as crianças com asma não precisaram mais tomar corticóides, fazer inalações de madrugada, as infecções de garganta sararam sem nenhuma injeção, antibióticos ou anti-inflamatório, somente tomando aquelas “bolinhas de açúcar”. Isso formou uma legião de fãs, que, boca-a-boca, foi divulgando a homeopatia e o Centro Homeopático.
Realmente, é incrível que, passados tantos anos, ainda existam pessoas que desconheçam a existência do Centro Homeopático. Mal sabem elas que este foi o primeiro centro dedicado exclusivamente à homeopatia no Brasil. Que, nos Congressos de Homeopatia pelo país, ele seja uma referência sempre citada. Nós douradenses, padecemos de uma baixa auto-estima, pois não valorizamos nossas riquezas. Este é, com certeza, mais um motivo para nos sentirmos orgulhosos de aqui morarmos. Esperamos que o nosso prefeito, que está se mostrando tão afeito a desfazer, a desconstruir e até mesmo destruir obras dos políticos anteriores, seja tocado pelo espírito da construção e da reforma, para ampliar e divulgar essa obra que pertence a todos nós. O secretário de Saúde, Sandro Barbara, participou ativamente da construção do prédio em 2000. Agora, cabe ao mesmo, atuar positivamente para alçar este serviço ao lugar de destaque que ele merece.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:39 | comentar | favorito

HISTÓRIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE DOURADOS

HISTÓRIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE DOURADOS.

Em meados de 1999 eu era secretário da Associação Médica da Grande Dourados, quando começou o movimento para a criação da Faculdade de Medicina em Dourados. Havia na época, 2 faculdades particulares, uma de Marilia-SP e outra de Presidente Prudente -SP, que estavam interessados em se estabelecer em nossa cidade com esse curso. A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, através do seu reitor da época, Jorge João Chacha, e do Professor Wilson Biazotto, diretor do CEUD, viabilizaram 50 vagas do curso médico a ser transferido para o Campus de Dourados. Criou-se então um movimento, liderado pela Associação Médica para viabilizar o curso em nossa cidade, pela universidade pública. Seis médicos, diretores da Associação, Dr. Leidniz Guimarães, Dra. Denise Nemirovsky, Dr. Alexandre Cassaro, Takeshi Matsubara, Dr. Eduardo Marcondes e Dr. Raul Espinosa Cacho, juntamente com a Professora Dirce Ney, do Departamento de Educação da UFMS, elaboraram todo o projeto pedagógico, a grade curricular, as disciplinas, enfim, toda a estrutura do curso.
Houve um movimento da Classe médica de Campo Grande, através do Conselho Regional de Medicina, Associação Médica de Mato Grosso do Sul e Sindicato dos Médicos do Estado, que puseram notas na imprensa, pois eram contrários à abertura do curso de Dourados e da Medicina da Uniderp em Campo Grande. A sociedade organizada de Dourados, reagiu e saiu às ruas, e o reitor da UFMS, numa entrevista à Grande FM, confirmou a implantação do curso.
A Associação Médica de Dourados, que abraçara a causa desde o começo, teve vários colegas que se ofereceram como professores voluntários. Já eleito presidente da Associação eu pude liderar esse movimento. O curso dispunha de uma verba mensal de R$ 12 mil. Vejam bem, uma Faculdade de Medicina que dispunha de uma verba irrisória, quando faculdades particulares cobram mensalidades de 3 mil reais por aluno. Enquanto uma Faculdade de Medicina como a de Presidente Prudente arrecada em torno de R$ 1.800.000,00 por mês com sua mensalidade, a faculdade de Dourados dispunha de DOZE MIL REAIS POR MÊS!!! Ou seja, não havia dinheiro para nada, e os professores bancavam do próprio bolso, todo o material para dar aulas, impressos, lâminas para aulas no microscópio, material didático, etc. Davam aula de GRAÇA e ainda bancavam o material. Isto pouca gente sabe nos dias de hoje. Ao longo dos 6 anos da Faculdade, 60 médicos trabalharam totalmente de graça, juntamente com outros professores cedidos pela UEMS, curso de Biologia da UFMS, Agronomia, etc. As aulas eram dadas usando salas de aula emprestado de diversos cursos, como Agronomia, Biologia, Enfermagem da UEMS, Fisioterapia da Unigran, etc.
Nesse ínterim, muda a direção na UFMS, sendo eleito reitor o Professor Manoel Catarino Peró, e como ele era de um grupo rival ao do Professor Chacha, fez de tudo para inviabilizar o curso de Medicina de Dourados. Eu e a dra. Denise Nemirovsky estávamos quase todas as semanas em Campo Grande, brigando por material didático, por recursos, por melhores condições de ensino.
No terceiro ano do curso, a crise se agudizou, com a total falta de apoio da Universidade e do seu diretor local, que continuaram o boicote ao curso. Chegou-se a um ponto, que o curso estava na iminência de fechar e levar suas 50 vagas anuais para Campo Grande, o que todo mundo de lá queria. Os alunos saíram em passeata pelas ruas da cidade, pedindo apoio da comunidade. Faixas foram afixadas pelos comerciantes, apoiando o curso de Medicina de Dourados. Mas a UFMS continuava seu jogo pesado de tentar fechar o curso e os alunos começaram a pensar em se transferir para diversos cursos em escolas públicas pelo Brasil.
No quarto ano do curso, mais crises, com falta de professores, de salas de aula, de hospitais para os alunos aprenderem a parte prática, e muitos professores se desdobraram, dando aulas (sempre de graça) para diversas turmas em diferentes disciplinas.
Em 2004, no quinto ano da primeira turma, o curso chegou ao seu ponto crítico, quando uma equipe do Globo Repórter veio até Dourados, para gravar uma matéria sobre nosso curso, em contraste com a abundância de professores e condições didáticas dos alunos do curso de Medicina da Escola Paulista de Medicina de São Paulo. Aquilo mexeu mais ainda com o brio dos alunos, dos professores e dos pais pois uniu todo mundo no objetivo de levar adiante, custasse o que custasse, a Faculdade. Os alunos foram fazer o internato, ou seja a parte prática do curso, em diversos hospitais e voltaram para se formar e concluir o curso.
Pronto. Estava definitivamente estabelecido o curso médico de Dourados. Formada com imenso sacrifício, com muito choro e ranger de dentes, os alunos se fortaleceram de uma tal maneira, que da turma de 50 alunos, quase 40 deles foram aprovados nas provas de residência médica nos melhores serviços país afora. Um índice de 80% de aprovação em residência médica, quando a média nacional é de 15-20%. Os alunos deram a resposta ao esforço dos seus professores e deles próprios. A Faculdade de Medicina de Dourados hoje é a melhor do Estado, nas provas do ENADE. Supera os alunos de Campo Grande, em pontuação.
A primeira turma me prestou uma homenagem que muito me emocionou, ao me eleger padrinho da turma. Foi uma época em que eu estava numa dureza financeira de dar dó, e não pude sequer oferecer uma festa para eles.
Mas, baixada a poeira, ao se avaliar o passado, fica a certeza de que valeu a pena. Aliás, valeu muito a pena. Este curso foi fundamental para viabilizar a criação da Universidade Federal da Grande Dourados. Sem ela, nós viveríamos eternamente sob a ameaça do pessoal da UFMS de Campo Grande, que sempre boicotava tudo que é relacionado ao crescimento de Dourados. Hoje, a Universidade dispõe de milhões de reais, e finalmente foi criado o bloco da Saúde, com salas de aulas, laboratórios de anatomia, bioquímica, histologia, patologia, etc. O Hospital Universitário finalmente passou para o comando da UFGD. O Hospital da Mulher e o Hospital do Trauma estão na iminência de serem transferidos também para a Universidade Federal e assim, finalmente, podemos ter a residência médica em Dourados. Com este curso, dezenas de professores, com mestrado e doutorado, transferiram-se para Dourados, para substituir-nos (os “pica-fumos”) e viabilizar uma verdadeira escola médica de Dourados. Com isso tudo, casos que eram transferidos para Campo Grande e outros grandes centros, passarão a ser tratados aqui mesmo, facilitando a vida para os usuários. A cidade de Dourados ganha mais ainda, pois os pacientes de toda a região são tratados aqui, mesmo nos casos mais graves e isto cria condições para se fazer pesquisa científica e gerar mais conhecimento.
Esta faculdade é a prova viva de que quando existe vontade, vontade férrea, podem meter pancada, jogar sujo, chantagear, fazer o que se quiser, mas a verdade e a justiça prevalecerá. Os médicos de Dourados deram a prova de que uma categoria, quando visa um bem maior, consegue obter a vitória, desde que o objetivo seja justo e nobre. Parabéns, médicos de Dourados! Parabéns pais, pois juntos choramos muito pela continuidade deste curso. E, principalmente, parabéns, alunos. Vocês são a nossa taça da vitória, o nosso troféu! São a prova viva de que tudo isso valeu a pena!

publicado por drtakeshimatsubara às 01:37 | comentar | favorito

CHANTAGEM

CHANTAGEM

Vivemos uma série de mudanças em nossa sociedade. A principal delas, foi a mudança do papel da mulher, que de dona de casa, partiu para disputar um lugar ao Sol, no mercado de trabalho. Além disso, as famílias puderam diminuir a quantidade de filhos, através do planejamento familiar e do uso da pílula anticoncepcional. Essas mudanças ocasionaram alguns problemas, que poderíamos chamar de efeitos colaterais.
Dentre estes, o mais chamativo para nós pediatras, é a chantagem emocional que os filhos vivem fazendo com seus pais, e que passam desapercebidos pelos mesmos. Como a mãe trabalha fora quase o dia todo, quando ela chega em casa, ela se sente culpada por tudo, desde a doença que atacou o filho, até mesmo pelas malcriações que a criança faz com ela. E com isso, ela fica impotente e sem ação.
Um exemplo claro de chantagem é a do filho que sofre alguma doença, por exemplo, fica internado ou passa por alguma cirurgia complicada. Quando superam essa fase crítica, os pais passam a super proteger, com medo de vivenciar novamente aqueles momentos difíceis, e passam a fazer todas as vontades de seus filhos. Vontade essa que se torna capricho e por vezes, falta de limite e até mesmo, diríamos assim, falta de educação por parte de algumas crianças.
Outra chantagem comum é a criança sentir dor de barriga, principalmente quando ela não quer ir para a escola, ou quando não quer fazer alguma tarefa doméstica. A dor, que aparece em situações específicas e com hora marcada, pode e deve ser desconfiada pelos pais. É preciso ter claro que doença não tem hora marcada para aparecer.
Outro exemplo muito freqüente em nossos consultórios é o da criança que, quando contrariada, começa a chorar e a perder o fôlego. Os pais entram em pânico, achando que o filhinho querido vai morrer, e quando a perda de fôlego ocorre, eles saem em disparada procurando um pronto socorro, isso quando não ficam desesperadas e assopram o rosto, ou jogam água fria, ou jogam a criança para cima, etc. A criança, que não é boba nem nada, percebe que tem os pais em suas mãos e passa a perder o fôlego pelos motivos mais fúteis possíveis. Os pais entram em desespero, querem consultar um neurologista, fazer um eletroencefalograma, uma tomografia do crânio, ou mesmo uma ressonância magnética, confundindo esta forma de chantagem com epilepsia e doenças convulsivas. Passam a fazer todas as vontades da criança, na esperança que ela não chore e não tenha aqueles “desmaios horríveis”. Eu sempre digo que até hoje, nenhum caso de morte por perda de fôlego foi registrada na literatura médica. A criança prende a respiração, causando uma obstrução na glote, de forma voluntária, que causa a cianose (rouxidão) e, algumas vezes, o desmaio. Mas esta é passageira e, quando acontece, naturalmente a musculatura se relaxa e a criança para de se sufocar (perder o fôlego).
Enfim, seja a chantagem qual for, a maneira correta de lidar com elas é simplesmente IGNORAR as mesmas. Antigamente, eu dizia para as mães para que dessem umas “varadas” no sacana, mas hoje, como isso é politicamente incorreto, digo para elas simplesmente saírem de perto, não dar assistência, não oferecer público, pois o que eles querem é ter platéia para assistir suas performances teatrais. Umas duas a três performances sem público e a criança para de ter as crises de perda de fôlego.
Uma coisa que eu pude aprender, nesses vinte e cinco anos lidando com crianças, é que a maioria delas são muito mais espertas do que nós, adultos. Como diziam os antigos, enquanto nós levamos o milhos, eles estão voltando com o fubá prontinho. É preciso desmistificar essa idéia de que TODAS AS CRIANCAS são ANGELICAIS, puras e sem maldades. Assim como existem os adultos puros e inocentes, existem os Fernandinho Beira Mar da vida. E estes, foram um dia crianças. O que cabe a nós, pais e educadores, é tentar fazer com que estes últimos, que eu chamo de crianças com espírito rebelde, sejam realmente educados ou seja, que recebam limite, disciplina e aprendam a diferenciar o bem e o mal, para que, quando se tornarem adultos, tenham os seus instintos animalescos domados, saibam seguir o caminho do bem e da ética. Este é o grande desafio de nossas vidas.
Compreender essas coisas podem ajudar os pais a não mais ficarem nas mãos e sob o controle dos seus filhos ou seja, parar de ser chantageado por eles.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:36 | comentar | favorito

A HOMEOPATIA E AS DIFERENTES ESCOLAS

HOMEOPATIA E AS DIFERENTES ESCOLAS

A homeopatia, que surgiu na Alemanha , em 1796, através do médico Samuel Hahnemann, durante o século XIX, teve uma grande expansão no mundo todo, principalmente na Europa, e nos Estados Unidos. Neste último, médicos homeopatas de extrema importância para a história da homeopatia mundial, dentre os quais se destacaram Kent e Hering, que ajudaram a desenvolver a filosofia homeopática mundial.
No século XX, na França, diversos luminares desenvolveram a homeopatia, tornando-a uma ciência médica mais próxima da Medicina tradicional ou alopática.
Com o advento da penicilina e dos antibióticos, a Medicina tradicional deu um grande salto qualitativo, pois doenças como tuberculose, pneumonias, diarréias e outras infecções, que matavam aos montes, puderam ser combatidas e a bactéria, nossa grande inimiga há milênios, passou a ser combatida com uma arma poderosa, capaz de matá-la e com isso, as infeções passaram a não ser sinônimo de morte certa. Isto fez com que a medicina tradicional se fortalecesse de uma tal maneira que a homeopatia quase desapareceu nos diversos centros, principalmente nos Estados Unidos, onde passou a ser uma medicina alternativa e marginalizada.
Porém na Europa, ela continuou sendo a medicina preferida da nobreza. Ainda hoje, o médico da Rainha Elizabeth II é um homeopata, bem como os médicos de diversos reis e rainhas.
Na Índia, mais da metade da população utiliza a homeopatia. A outra metade, utiliza a medicina tradicional indiana, baseada em medicamentos à base de plantas e outros. Na China, a grande maioria dos médicos utiliza a medicina tradicional chinesa, baseada em chás, extratos de plantas e substâncias animais e minerais. Um outro tanto, utiliza a acupuntura, massagens, etc. Bem como no Japão, onde se utiliza tambem a acupuntura, massagens, do-in, shiatsu e outras formas tradicionais de tratar as doenças.
Ao longo do tempo, a homeopatia foi se modificando, de acordo com o pensamento dos diversos mestres e suas práticas. Hoje, temos uma primeira divisão, entre os tradicionalistas, que seguem a filosofia do fundador da homeopatia, Hahnemann, e sua escola homeopatica hahnemaniana, que preconiza um único remédio de cada vez. Outra variante é a escola kentiana, de James Tyler Kent, americano citado no início deste, e que também preconizada o uso de um único remédio.
Porém a escola francesa preconiza o uso de vários remédios aos mesmo tempo, o chamado Pluralismo. Segundo esta escola, nós pacientes temos um chamado remédio de fundo, que é o remédio da pessoa, que aumenta a imunidade e melhora nossa resistência às doenças. Existe um segundo remédio, dito de terreno, no qual, a pessoa teria um remédio dependendo de sua forma de adoecer .Um terceiro remédio seria o local, ou seja, o remédio para determinada doença.
Historicamente, essa diferença filosófica e de maneira de tratar causa uma divisão profunda entre os homeopatas. Há acusações de ambos os lados, mas principalmente dos unicistas, que chamam os pluralistas de não homeopatas, pois estes não seguiriam o princípio do fundador da homeopatia, Samuel Hahnemann, que preconizava um remédio único.
Para nós, que nos colocamos fora desta discussão, o fato é que a homeopatia funciona. Independente da escola e da forma de tratar, seja com um único remédio ou usando vários ao mesmo tempo, os pacientes que usam a homeopatia têm, sem dúvida, uma melhora importante, mudando para melhor, tanto na forma de vida, como na maneira de adoecer.
E isso é o que realmente importa. O resto, é vã filosofia...

publicado por drtakeshimatsubara às 01:35 | comentar | favorito

DR. ARCHIDUQUE FERNANDES

Conheci o Dr. Archiduque em 1991, na época em que eu era um quase recém chegado a Dourados (3 anos), começando minha carreira de médico e ainda estudante de um curso de homeopatia que eu fazia mensalmente em São Paulo, na Sociedade Brasileira de Homeopatia. Figura ímpar, do tipo “Ame-o ou deixe-o”, cativou-me desde o primeiro instante. Comecei a estagiar com ele, no Posto da Vila Rosa, onde ele atendia seus pacientes todas as tardes, e aprendia aos borbotões, passando-me um monte de macetes, de “pulos do gato” ,que curso nenhum oferecia nem que se pagasse o peso em ouro. Com sua simplicidade, fazia escola, pois depois de mim, vários colegas se seguiram, tendo a oportunidade de estagiar enquanto faziam cursos teóricos de homeopatia em São Paulo ou em Campo Grande.

Em 1992, ele lançou o desafio, de fundarmos um Posto de Saúde especializado no atendimento em homeopatia. Eu e o Dr. Leidniz Guimarães, juntamente com o dr. Ailton Salviano, Nelson Kozoroski, Dra Waldenil Rolim, e claro, Dr. Archiduque, formamos um grupo ao qual se juntou o Dr. Laidenss Guimarães, Dra. Alice Kozoroski e Dra. Eliane Guimarães para fundarmos o primeiro Centro Homeopático de Saúde Pública, cujo nome foi sugerido pela assistente administrativa da Secretaria de Saúde, Sra. Elizete: Dr. S
antiago Martinez dos Santos, numa edícula na Rua Antonio Emilio de Figueiredo. O prefeito da época, Braz Melo, amigo particular e conterrâneo do dr. Archiduque, deu todo o apoio político para que esta importante obra da saúde pública fosse criada em nossa cidade. O secretario de saúde da época, Eduardo Marcondes, foi outro entusiasta que possibilitou a criação daquele serviço. As paredes das salas foram pintadas magnificamente pelo artista plástico Marcello e equipado com móveis de junco. Porém, o prédio, alugado, tinha um problema crônico de telhado, pois era só chover que inundava tudo. Por isso, tivemos de mudar para a parte traseira do Posto Tipo A que ele carinhosamente apelidara de a “bunda do tipo A”. Mais tarde, em 31 de Março de 2000, já no segundo mandato do Brás Melo, este possibilitou a construção do tão sonhado Centro Homeopático em prédio próprio, com a arquitetura do prédio toda definida pelo dr. Archiduque, juntamente com a arquiteta responsável pela obra. Foi sem dúvida, a obra com a qual ele mais se identificou e que até os seus últimos dias de encarnado, fez questão de frequentar.

Nos intervalos entre as consultas, ou quando terminávamos o atendimento, nosso horário de bate-papo era sagrado. Grande conhecedor e estudioso da filosofia espírita, ele vivia a dar aulas para mim, de uma profundidade imensa, naquele seu jeito simples, de bom contador de “causos”. Tornava simples e compreensível assuntos áridos, de tal maneira que eu me tornava também um interessado por aqueles assuntos, sem o perceber.

Ele também gostava de contar histórias, principalmente sobre a sua vida. Quando falava de sua infância sofrida, na cidade de Mutum, MG, onde, filho de mãe solteira, foi criado na rua, como verdadeiro moleque de rua, passando por todas as dificuldades desta condição, invariavelmente lágrimas apareciam em seus olhos. Contava que fora adotado por uma família caridosa, que acolhia crianças de rua e necessitados, dando-lhe um teto, comida e roupa. Que menino ainda, foi estudar num colégio interno, onde, em troca de estudos, teto e comida, trabalhava nos mais diferentes serviços, enquanto os outros alunos, filhos de famílias abastadas, tinham todo o conforto. Que ao completar dezoito anos, entrou para o Exército, onde foi sargento por muitos anos. Casou-se com Dona Ila, teve 6 filhos, a primeira das quais morreu, por falta de atendimento médico adequado, e já com uma certa idade, resolveu estudar medicina, pois jurara no leito de morte de sua filha que seu passamento não teria sido em vão, pois o inspirara a seguir a carreira médica para que outros não tivessem que morrer por falta de atendimento médico adequado. Formou-se na Universidade Federal de Santa Maria, RS, com uma família de cinco filhos pequenos para criar e o parco soldo de sargento,conciliando as aulas em período integral, com plantões noturnos e nas mais diversas condições do trabalho no quartel.

Assim que concluiu o curso médico, mudou-se para Dourados, onde foi o primeiro pediatra, numa época em que os médicos eram todos generalistas e faziam de tudo, de partos, cirurgias, anestesias, atendimento domiciliar nas fazendas, etc. Ria a solta, quando contava que andava sempre com um revolver 38 na cintura, que ele se orgulhava de nunca ter usado para atirar em outro ser humano. Mas, para aqueles que não o conheciam na intimidade, era tido como um médico disciplinador, bravo, que dava broncas homéricas nas mães, com aquele seu jeitão de sargentão, bigode e, claro, o trinta e oito na cintura.

Ajudou a fundar a Associação Médica de Dourados, em 1970, numa época que tinham 15 médicos na cidade e região, tendo sido o seu primeiro presidente. Ingressou na Maçonaria, e juntamente com outros seis membros, fundou a Loja Maçônica Justiça Liberdade e Disciplina, ligado à Grande Loja Maçônica de Mato Grosso do Sul.

Fundou também uma academia de judô, em Dourados, pois quando morava em Santa Maria, tivera a oportunidade de aprender a arte e a filosofia deste esporte diretamente, com dois imigrantes japoneses, professores da Kodokan de Tokio, que eram seus vizinhos e se tornaram seus amigos, ensinando-o todos os segredos desta arte maravilhosa.

Enfim, eram muitas as histórias que ele me contava, e eu ficava imaginando, como uma pessoa que nascera com um destino determinado para que tudo desse errado, para se tornar um marginal, um bandido, fora escapando das armadilhas, uma após outra, para se tornar aquele grande homem que eu tivera a oportunidade de poder conhecer, conviver e admirar.

Passado um ano do seu passamento, fica uma saudade imensa, uma falta, um vazio difícil de ser preenchido.

Ele sempre dizia que a vida lhe dera muitos amigos, alguns deles, como eu, acabaram se tornando seus filhos adotivos, tamanho o carinho que nos unia.

Fica registrado portanto, a saudade de filho...

 

Takeshi Matsubara

médico

 

P.S.: Numa próxima oportunidade, contaremos outras histórias deste nosso amigo.

 

 

publicado por drtakeshimatsubara às 01:34 | comentar | favorito

IMUNIDADE

IMUNIDADE

Nós seres humanos, vivemos em constante guerra contra vírus, bactérias, fungos e outros seres vivos, desde que nascemos.
Nos primeiros dias de vida, recebemos através da placenta e, principalmente, através do colostro, aquela “aguinha” que o seio materno produz nos dois primeiros dias após o parto, uma dose de anticorpos da mãe, que nos protege nos nossos primeiros embates. A passagem de anticorpos através da placenta, forma um estoque que protege a criança nos primeiros seis meses de vida. Aos poucos, conforme nosso sistema imunitário vai amadurecendo e produzindo nossos próprios anticorpos, vamos aos poucos destruindo aqueles recebidos de nossas mães. Temos portanto, uma janela imunológica, que é a fase da vida em que mais ficamos doentes.
Disto, podemos inferir alguns conceitos: 1)O prematuro, como não teve tempo de receber os anticorpos maternos, é mais frágil e vulnerável às doenças, razão da maior mortandade desta condição; 2) nossas mães são seres maravilhosos, que doam seus anticorpos para nos permitir viver, principalmente nos primeiros dias de vida; 3) o aleitamento materno, e principalmente, o colostro, é fundamental para nós termos defesa contra os patógenos que nos causam doenças; 4) o convívio de crianças muito cedo, com meses de vida nas creches e escolinhas, não é uma boa idéia, pois eles irão conviver com outras crianças numa fase em que ainda não se encontram prontas, imunologicamente, para se defender das doenças;
Quando entramos em contato com um vírus, por exemplo, o vírus do sarampo, nós demoramos de 5 a sete dias para produzir anticorpos específicos para este vírus. Por isso, ficamos doente de sarampo, com febre alta, tosse, coriza, conjuntivite purulenta, inflamação no pulmão e, por volta do quinto dia da doença, temos a lesão na pele, que nós chamamos exantema morbiliforme. Após uma semana, temos a produção dos anticorpos e saramos da doença. Estes anticorpos se dividem em dois tipos, o primeiro, chamado IgM, são específicos para atacar o vírus na fase aguda. Um segundo tipo de anticorpos, chamado IgG, fica circulando na corrente sanguínea. Depois de algum tempo, quando entramos novamente em contato com o vírus do sarampo, imediatamente o anticorpo de memória parte para o combate, além de servir de modelo para estimular a produção de muitos anticorpos, que combatem o vírus do sarampo e não permite que tenhamos de novo a doença sarampo pela segunda vez. Por isso, dizemos que adquirimos imunidade para a vida toda e temos somente um episódio de sarampo na vida.
Quando esse sistema de defesa fica “maluco”, temos a alergia. Eu digo para os pacientes que a doença alérgica é uma situação transmitido geneticamente, onde nossos soldados de defesa passam a reagir de forma semelhante àqueles soldados malucos, veteranos de guerra do Vietnã, que saem atirando para todos os lados, imaginando que existem vietcongues para todo lado, causando as verdadeiras chacinas em locais públicos nos Estados Unidos. Nossos soldados de defesa, passam a atirar no grão de poeira, pensando que estão atirando em vírus. Com isso, temos resfriados de mentira, com corrimento nasal, tosses, espirros, como se estivéssemos sendo invadidos por um virus da gripe, quando temos na verdade uma rinite alérgica.
Outra situação parecida são as doenças auto-imunes, como os reumatismos, lúpus e outras doenças, onde nosso sistema imunológico começa a atingir nossas cartilagens, passando a não reconhecer nosso próprio tecido e atirando sobre eles, como se fosse o inimigo. Com isso, no reumatismo, temos a agressão de nossa cartilagens, das nossas articulações, pelos nossos anticorpos, o que causa inflamações e dor nas “juntas”.
Portanto, o sistema imunológico é perfeito, adaptando-se conforme a situação e a idade. A Medicina e a ciência estão ainda engatinhando na compreensão deste sistema complexo. Mas, do pouco que já sabemos, temos a certeza de que ele é vital para nossa sobrevivência e que, quando com problemas, ele causa uma série de alterações que prejudicam nossas vidas. As doenças alérgicas e as auto-imunes estão entre os principais males que nos afligem neste século.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:33 | comentar | ver comentários (2) | favorito

LEI DA ATRAÇÃO

LEI DA ATRAÇÃO

A partir de 2004, o mundo todo começou a falar sobre esta tal Lei da Atração.
O que é isso?
Nós ocidentais, somos frutos de uma cultura judaico-cristã, baseado na culpa. Nós nascemos impregnados pelo pecado original, ou seja, já nascemos devendo para Deus. Como Adão e Eva comeram do fruto do pecado, nós, como seus descendentes,somos todos pecadores também.
Toda vez que pensamos no dinheiro, na riqueza, na felicidade ou no trabalho, vem o sentimento de culpa. Como podemos trabalhar duro e enriquecer honestamente, sem que esse sentimento de pecado nos assole?
Precisamos deletar essas informações erradas que nos foram inculcadas em séculos de obscurantismo religioso. Nós podemos ser felizes, nós podemos ter a riqueza, desde que ela seja obtida honestamente, com trabalho e com esforço.
O livro “o Segredo, de Rhonda Byrne”, publicado recentemente, fala sobre a Lei da Atração. Prega esta Lei, que o nosso pensamento tem forma, quase material. Conforme é o nosso pensamento, criamos uma energia positiva ou negativa, que resulta daquilo que pensamos. Exemplificando, se nós queremos nos formar numa profissão, por exemplo, sermos médicos, mas somos de uma familia pobre, podemos ter duas maneiras distintas de pensar. Na primeira forma, nós pensamos: “Puxa, minha família é pobre, nunca na vida que eu posso sonhar em ser médico. Imagina só, como os meus pais vão poder custear meus estudos? Os livros de Medicina são muito caros, estudo numa escola pública, eu nunca vou conseguir passar num vestibular, onde a concorrência é de 100 candidatos por vaga!
Na segunda forma de pensar: “Puxa, apesar de minha família ser humilde, de ter estudado numa escola pública, eu vou fazer das tripas coração e, apesar de minhas deficiências, estudarei o dobro dos outros candidatos para ser vitorioso no vestibular. Depois, eu me viro para pagar um financiamento educacional do governo, farei meus bicos para custear meus livros, enfim, tenho certeza absoluta de que vou me tornar médico, pois acho esta profissão maravilhosa e missionária! Quero salvar vidas, fazer o bem, ajudar a cuidar deste meu povo tão sofrido, levar uma palavra amiga para os que padecem dos diversos males que assolam nossa sociedade, principalmente as camadas mais humildes como aquela da minha família... Entenderam a diferença? Um pessimista, já se deixou derrotar antes mesmo de começar o processo, acomodando-se numa posição de coitadinho, procurando mil desculpas para o fracasso, antes mesmo de ter tentado. O outro, tem um objetivo claro e preciso, e seus objetivos não são apenas egocêntricos, voltados para si mesmo, mas sim altruísta, seu objetivo tem uma finalidade maior, de fazer o bem. Notem bem que isso é diferente de Pensamento Positivo, uma corrente que foi muito difundida nas décadas de 70 e 80, através da divulgação de um autor americano, chamado Murphy, que pregava a força do pensamento positivo. O pensamento apenas, sem um objetivo claro e altruísta, não atinge um objetivo e não chega a lugar algum.
A nossa humanidade está passando por um grave momento de crise. O sistema capitalista, que vigorou por séculos na nossa sociedade ocidental, gerou muita desigualdade, injustiça social, e riqueza extrema de alguns poucos países e sociedades, em detrimento de uma miséria na grande maioria dos outros países. Enquanto a sociedade americana consumia 30% da energia e dos alimentos do mundo, os continentes africanos, a América Latina e os países pobres da Asia, ficavam com uma migalha pequena dessa partilha.
O consumo desenfreado de petróleo, o desmatamento, e a poluição industrial, gerou um aquecimento global, que está causando sérios desvios no clima, e provocando o aumento do nível dos oceanos.
As drogas, a violência urbana, o consumismo desenfreado, gerou uma sociedade violenta, armada, estúpida e sem amor.
Os profetas do Apocalipse criaram uma sensação de final dos tempos, de fim do mundo. Parece que nossa sociedade não pode sobreviver e se auto-destruirá, em poucos anos. Seja através de uma guerra nuclear, ou um ataque terrorista sem precedentes, ou ainda uma colisão de um cometa, nossa querida Terra parece ter os seus dias contados e, com ela, nossa sociedade como conhecemos chegará inexoravelmente ao seu final.
Se nós formos nos basear na Lei de Atração, acontecerá aquilo que nós desejarmos. Se quisermos nos deixar dominar pelo medo, pelo terror e pela inexorabilidade do nosso destino, podemos nos preparar para o fim do Mundo. Porém, se nós mudarmos nossa vibração, elevarmos um pouco o nosso pensamento, podemos escolher um outro caminho, o da esperança, o da certeza de que nós iremos superar nossas dificuldades. Que nós, brasileiros, estamos dando um grande passo com nossos biocombustíveis, com o álcool, com a energia renovável e limpa. Podemos parar de desmatar a Amazônia, pois podemos dobrar ou triplicar nossa produção agrícola e sermos o celeiro do mundo, sem precisar derrubar uma única árvore das nossas florestas, utilizando as terras ociosas que temos por este imenso país afora. Podemos, como brasileiros, darmos um exemplo ao mundo, pois somos o povo mais generoso, alegre, solidário, aberto a tudo e a todos, um país onde todos os imigrantes que vieram, de todos os cantos do mundo, foram absorvidos naturalmente, para constituir uma nova raça, a raça brasleira, mistura do branco (português), índio, negro, associado ao alemão, italiano, japonês, russo, polonês, etc etc. Ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, onde se formou guetos de asiáticos, hispânicos, negros, italianos, judeus, etc. Somos portanto, uma sociedade fraterna, que se miscigenou naturalmente, sem preconceitos raciais, sem conflitos, gerando esse povo bonito e feliz.
Portanto, podemos utilizar a Lei da Atração para ajudar a melhorar o mundo, construir uma sociedade mais justa, mais fraterna, sem preconceitos de raça e de religiões, onde as guerras tenham ficado num passado cada vez mais distante, assim como a preocupação com o clima, com a economia, com a justiça social, pois teremos com certeza um mundo muito melhor.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:32 | comentar | favorito

O AMOR E A FAMÍLIA

O AMOR E A FAMÍLIA

Estamos vivendo uma era de modernidade, onde tudo muda a cada segundo; as músicas e os cantores que nossos filhos de 13 anos ouvem, são diferentes daqueles de 15 anos. Que é diferente dos de 17, 19, 21, etc. As gerações, que antes eram divididos em décadas, agora o são a cada 2 anos, ou menos ainda.
O conhecimento mundial, demorou 6 mil anos para dobrar, até 1900. No entanto, hoje em dia, a cada 9 anos, todo o conhecimento disponível na internet está dobrando. É claro que existe muita porcaria, mas a quantidade de conhecimento disponível é absurdamente grande, e um profissional, não consegue abarcar todo o conhecimento disponível, mesmo que passasse 24 hs por dia estudando. Um médico, formado há 25 anos, como eu, certamente usa conhecimento adquirido fora da faculdade, através dos congressos, cursos, seminários, revistas técnicas, etc. Se ele estiver usando os medicamentos aprendidos na escola, com certeza, ele está totalmente desatualizado. Por isso, manter-se nessa corda bamba, conciliando jornada de trabalho desgastante, com múltiplos empregos, com cobranças familiares, telefonemas de pacientes fora de hora, plantões em hospitais etc., torna esta profissão de médico um desafio constante. Mas, fazer aquilo que se ama, com toda a energia disponível, torna tudo um desafio gostoso de ser enfrentado.
Viver nesta sociedade moderna, onde tudo acontece muito rápido, onde as mudanças são instantâneas, onde a comida já vem pronta nos fast foods, onde estamos conectados pelo celular, pela internet, pelos satélites, acelera de uma tal forma nossas vidas, que precisamos parar para pensar: Afinal, o que buscamos? Para quê trabalhamos e ganhamos dinheiro? Qual o sentido de nossas vidas?
Cada um deve ter a sua resposta. Para mim, o objetivo da vida foi construir uma família.
Da mesma forma que amamos nosso trabalho, amamos nossa família, as pessoas que nos são caras. Quando nos casamos, escolhemos, dentre bilhões, aquele(a) ser que nos completa, que acelera os batimentos do nosso coração, que eriça nossos pelos ao toque, cuja felicidade, nos torna felizes também.
O grande problema da sociedade de hoje, é que, quando uma grande parte das pessoas se casam, elas não tem certeza do que estão fazendo. Alguns escolhem por causa da beleza física; outros, pensando na conta bancária do(a) parceiro(a); outros ainda, por causa de uma atração física ,de uma química sexual que julgam perfeita. Quando escolhem por estes critérios, na maioria das vezes, eles caem do cavalo e o casamento não dura.
Como dizem os engenheiros, o segredo de uma boa casa está na fundação. Se não tiver bases firmes, se não estiver sustentada na pedra, as estacas não conseguem segurar o peso da casa. Quando construímos uma relação, precisamos de uma boa fundação. É o amor. Um casamento baseado no amor, torna tudo mais fácil, pois ela gera bons frutos; filhos gerados com amor, são crianças felizes, seguras, completas, que têm noção do limite, do respeito, da confiança mútua, encaram a vida e o mundo com clareza, com a certeza de que viver é uma coisa prazerosa, aprendendo desde pequenos a enfrentar a vida com otimismo. Quando vêm as dificuldades, sabem como enfrentá-los com destemor, pois foram preparados para isso.
O amor é o cimento principal do edifício da vida. O amálgama que une fortemente os membros da família. A força motriz que move o mundo. Sem amor, tudo se torna árido, sem vida, sem alegria ou energia.
O amor envolve também saber dizer não para os filhos, ensiná-los que nem tudo na vida se consegue com um estalar dos dedos, mas sim com luta, com sacrifício, com disciplina.
O amor nos torna menos materialistas. Aprendemos que não é só a forma que é importante, a aparência externa, mas sim o conteúdo. Viver uma vida apenas de riqueza material, conseguida de forma indevida, através do engodo, da corrupção, ou do tráfico, quase certamente não frutificará em amor. E quase certamente, não culmina em felicidade.
O amor enfim, torna nossas vidas menos vazias, mais plenas, completas, cúmplices uns com os outros, pois a felicidade daquele que nós amamos, nos preenche, nos torna felizes também. Existe algo mais gostoso do que ouvir uma risada da pessoa amada?

publicado por drtakeshimatsubara às 01:30 | comentar | favorito

OBESIDADE

OBESIDADE

A obesidade está se tornando um problema de saúde importante na faixa etária pediátrica.
Cada dia que passa, aumenta o número de crianças e adolescentes acima do peso.
A base genética dos pais e familiares é, sem dúvida, muito importante como causa de obesidade. Mas ela não é a única causa. Certamente, erros cometidos pelas famílias, principalmente pelos pais, contribuem decisivamente para aumentar o número de gordinhos nos dias de hoje.
Nos primeiros dias de vida, após o parto, a criança tem como meio de comunicação, quase que unicamente o choro. Ele chora por tudo e por qualquer coisa. Se sente frio, ou se está com calor, se está com fome, ou dor de ouvido, ou cólica na barriga; se ele quer colo para receber um chamego; ou ainda se está com a fralda suja ou apertada, enfim, por qualquer coisa que ela queira dizer, ela o faz através do choro. A mãe, insegura com o choro, acha que o filho está com fome e coloca o peito em sua boca. Ou a mamadeira. Com isso, a criança começa a associar que, qualquer que seja o problema, isso se resolve através da comida. Esta resposta errada a uma solicitação da criança é o princípio que gera esse grave problema de saúde pública que enfrentamos diuturnamente nos consultórios e ambulatórios país afora. A obesidade por sua vez, gera uma ansiedade imensa na criança, que sempre quer comer por tudo. E comendo, ela fica mais ansiosa, criando um círculo vicioso
Outra causa importante é o erro na escolha do alimento. Devido à propaganda maciça nos meios de comunicação, seja nos intervalos ou mesmo fazendo merchandising nos programas infantis, as crianças aprendem desde cedo a pedir a bolacha recheada, o hambúrguer com batata fritas, o refrigerante, o doce, etc. Tudo muito gostoso, mas recheado de gordura trans, altamente calórico e que engordam pra burro!
Outra causa é o sedentarismo. As crianças não gostam de fazer exercícios. Ficam o dia todo frente ao computador, assistindo televisão, jogando videogame, deitados ouvindo seus mp3players, brincando com seus celulares e nada de gastar energia. Essa energia que não é gasta se acumula em forma de gordura. Isso causa obesidade.
Precisamos aprender a prevenir a obesidade no bebê. Ensinar `as famílias e aos familiares que o bebê gordinho pode até ser bonitinho, mas que aquilo não é saudável. Que uma vez que nós tenhamos ensinado o bebê a se alimentar de forma errada, aquilo vai aumentar o número de células de gordura no seu corpinho e isso ele não perderá nunca mais. Mesmo que ele faça regimes a vida toda, qualquer descuido e aquelas células de gordura se encherão novamente, tornando-o obeso. É uma luta inglória em que a vitória quase nunca acontece. Aliás, até aqui, a Medicina tem conseguido poucas e parcas vitórias contra a obesidade. Quando ela acontece, o mérito é quase que exclusivamente do paciente, que conseguiu fechar sua boca para a tentação da gula e seguiu em frente, comendo muita alface e deixando de lado as delícias do chocolate, do doce, da gordura da picanha e por aí afora.
Portanto, se nós não fizermos nada, nos próximos anos, teremos uma epidemia de obesidade e, consequentemente, muita gente morrendo cedo demais, aos vinte, trinta ou quarenta anos,por problemas que se seguem, como o diabetes, pressão alta, infarto do coração e derrames. Precisamos, urgentemente, atuar em todas as frentes para combater esse mal e, principalmente, prevenir sua ocorrência.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:29 | comentar | favorito

MEU FILHO NÃO COME!!!

MEU FILHO NÃO COME!

Esta é, provavelmente, a frase mais ouvida pelo pediatra ao longo de sua carreira. Quase todas as mães têm uma forte insegurança quanto a quantidade que seus filhos comem. Em geral, elas estabelecem uma quantidade arbitrária, tipo uma pratada, uma concha, um copo, uma mamadeira, etc. Quantidade esta boa para ela, mãe, mas, não necessariamente, é a quantidade que a criança precisa comer naquele determinado momento.
O primeiro princípio que tem que ficar claro para as mães é de que a desnutrição ocorre por absoluta falta de comida. Em situações de pobreza extrema, ou de guerra, quando há falta de alimento, ou seja, temos fome, a barriga ronca, mas não temos o que comer, Nesta situação, temos a desnutrição. Em casa onde tem comida, a criança não fica desnutrida. Se ela tiver fome, ela vai pedir e comer o que quiser ou tiver. Ou ela mesma se serve na geladeira.
O segundo princípio importante na alimentação dos filhos é que a família precisa comer adequada e corretamente. Os pais têm que dar o exemplo e comer alimentos saudáveis, evitando ao máximo o consumo de alimentos industrializados, os embutidos,(tipo salames, presuntos, mortadela, etc) refrigerantes, guloseimas, etc. São alimentos ocasionais, que devem ser consumidos esporadicamente. Devemos ter uma alimentação à base de verduras, frutas e legumes. Procurar diminuir o consumo de carnes e gordura animal e das frituras.
Para não consumir alimentos de má qualidade, devemos evitar a sua compra.
O terceiro princípio da boa alimentação é entender as mudanças que ocorrem na criança e no seu apetite, de acordo com a idade. Isto tem a ver com a velocidade com que ele cresce, que tem fases bem definidas. Por exemplo, uma criança que nasce com 3 kg aproximadamente, no final do primeiro mês, vai estar com 4,5 kg, ou seja, ele ganhou 1,5 kg em um mês. Conforme os meses vão se passando, a velocidade de ganho de peso vai diminuindo mês a mês. Após os 2 anos de idade, a criança ganhará 1,5 kg durante um ano, ou seja, o peso que ganhou no primeiro mês de vida, depois de 2 anos, ele ganhará e m12 meses. Com isso, é claro que o crescimento vai se modificando e o apetite também. O grande problema é que as mães não entendem e não aceitam essa mudança que ocorre fisiologicamente. E dá-lhe reclamação para o pediatra...
Outra coisa importante para a mãe entender, principalmente se ela for mãe de primeira viagem, é que o choro da criança significa um monte de coisas, e não somente que ele está com fome. O bebê chora porque está com frio, ou está com calor, ou querendo colo, ou porque a sua fralda está suja, porque está com cólica, dor de ouvido, porque a fralda está apertando, etc. Quando a mãe não consegue identificar adequadamente o choro e a sua causa, toda vez que isso acontece, ela enfia o peito na boca do bebê (ou a mamadeira). Isto, com certeza, é um dos principais motivos pelo qual ocorre a obesidade. A criança aprende que, qualquer problema que ela enfrente, resolve-se com comida. Aí quando ela cresce, qualquer frustração que ele enfrente ele tenta resolver mandando bala na comida. Se levou bronca do chefe, dá-lhe comida. Brigou com a namorada? Comida. Foi chamado de gordo? Comida. Por comer mais do que ele precisa, vêm a obesidade.
Portanto, de tudo que foi discutido aqui, dá para se perceber que o mais importante é respeitar o apetite da criança. A única maneira de se saber se a criança está com peso adequado, é pesando e medindo a criança e comparando com a tabela de adequação para o sexo e para a idade. É preciso parar com a mania de comparar o seu filho com o filho do vizinho, pois cada ser humano, tem o seu biotipo, a sua carga genética e o seu perfil de crescimento.
E por favor, não digam mais para o seu pediatra que o seu filho não come. Ele não aguenta mais ouvir essa frase...

publicado por drtakeshimatsubara às 01:28 | comentar | favorito

LIMITE É UMA FORMA DE AMOR

LIMITE É UMA FORMA DE AMOR

Eu sou fã do psiquiatra infantil e terapeuta Içami Tiba há muitos anos. Assisti suas palestras, li seus livros e vi diversas entrevistas concedidas para a imprensa.
Uma das coisas que mais me chamou atenção em sua teoria é a questão do LIMITE.
Uma palavra que anda em falta nas famílias e lares de hoje.
Vivemos a geração dos pais que trabalham fora o dia todo. A mãe, escolhe a hora de ter o seu filho. Geralmente, ela quer se formar numa boa faculdade, fazer uma boa pós-graduação, encontrar um bom emprego, fazer carreira, comprar uma casa, mobiliar a mesma, comprar um bom carro zero quilometro, ganhar um bom dinheiro e ufa! Casar com um bom partido ou então, parte para uma produção independente. Quando ela se encontra apta a ter o seu filho, já passou dos 30 anos. Ou está chegando próximo aos 40 anos. Ou seja, as pessoas se preocupam tanto em ter condições materiais ótimas para ter os seus filhos que, quando eles chegam, acham que ser bons pais e mães é dar o melhor, em termos materiais, para os rebentos.
Esquecem-se de que, na verdade, nem sempre o alto padrão de vida almejado é o mais importante em nossas vidas. Ou na dos nossos filhos.
Só o dinheiro e o luxo não aquecem os corações das crianças. Ganhar bastante dinheiro para poder pagar babás ou colocar os filhos com meses numa escola, transferindo a responsabilidade pela sua educação para outrem, nem sempre faz bem para a formação dos nossos filhos. É preciso que os pais entendam que ninguém está proibido de trabalhar fora de casa. O que é preciso ter em mente é que nós precisamos eleger quais são nossas prioridades. Se a prioridade for o trabalho, não deveríamos ter filhos. Se os filhos forem a prioridade, devemos dar a maior importância à sua formação. Precisamos investir nossa energia e esforço, concentrar nosso amor para eles, para que tenhamos bons frutos no futuro.
A palavra chave é limite. Colocar limite nos nossos filhos, é uma forma de amá-los também. Ensiná-los, desde pequeno, a respeitar as pessoas, os pais, os mais fracos é uma forma de dar limite.
Quando uma criança faz birra, na sua linguagem torta, ela está nos mandando uma mensagem. “Olha, estou tentando entender o mundo e preciso que você mostre para mim, até onde eu posso chegar. O que eu posso ou o que eu não devo fazer”. A grande maioria dos pais entendem tudo errado nesta hora e o que fazem? Adulam, expandem de forma ilimitada, deixando ela fazer o que quiser, não dando o limite que elas pedem. E aí? Na próxima vez, a birra vem mais forte, mais carregada de raiva, deixando os pais atônitos e sem entender nada.
Uma cena comum nos supermercados é ver o pimpolho de 1 ano e meio a 3 anos, rolar no chão, gritar, espernear, chorar, xingar, fazer o diabo enfim, porque a mãe se recusou a comprar um determinado produto que ela queria. O que faz a maioria das mães nessa hora? Ficam roxas de vergonha, vai até a prateleira e compra o malfadado produto. O que elas deveriam fazer da forma correta? Olhar firme no olhos da criança, dizer que não vai comprar e sair pisando duro, deixando-a no chão. Esta seria a forma correta de agir de uma mãe educadora. Porque se a criança não tiver público, o seu teatrinho não funciona e ela não atinge o seu intento.
Outra coisa que os pais não conseguiram entender ainda é que, na verdade, não há necessidade de uso da força física para se educar. É necessário o uso da força moral. O que é isso? Quando falamos com alguém, precisamos fazê-lo com convicção. Precisamos mostrar ao nosso filho que, quando dizemos não, aquele não é definitivamente um não. Não pode se transformar num sim por força do choro ou da chantagem da criança. Isto é força moral. É preciso que saibamos que quando subjugamos alguém pela força, ela não está nos respeitando, mas sim nos temendo. O medo não dura para sempre. O respeito não acaba.
Nossos filhos precisam nos respeitar sempre. Somos pais, não amigos ou companheiros apenas. Quando eles crescerem e tiverem maturidade para ser nossos amigos, mesmo assim, eles precisam ver que sempre seremos seus pais e nos respeitar como tais.
Eu sempre digo aos meus pacientes que os filhos não nos pertencem. Deus nos empresta e confia aos nossos cuidados, para que os amemos, preparemo-los para a vida, para que sejam bons cidadãos, éticos, trabalhadores, bons companheiros e para que casem e frutifiquem em novos lares, em novas famílias.
Este é o ciclo da vida e procedendo assim, teremos cumprido com nossa obrigação. Teremos sido bons pais e bons educadores.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:27 | comentar | favorito

ANDADOR: USAR OU NÃO USAR?

ANDADOR: USAR OU NÃO USAR?

As posições que assumo neste blog manifestam apenas e tão somente as minhas opiniões pessoais. Algumas vezes, a prática tem mostrado que nem sempre a teoria é a melhor para ser seguida no dia a dia.
A análise para contra-indicar o uso de andador, vêm de 24 anos de prática de pediatria. Ao analisar a natureza, observamos que tudo na vida tem o seu tempo certo. A fruta nunca amadurece antes da hora. Com a criança, acontece a mesma coisa. Porque queremos que ela ande, se não está pronta para tal? É preciso entender que a criança amadurece de cima para baixo, ou cima, primeiro ela adquire firmeza no pescoço, depois no tronco, depois ela senta, engatinha, fica de pé e anda, Isso tudo, desde o nascimento até 1 ano, um ano e 2 meses, aproximadamente. Querer que uma criança, aos cinco ou seis meses, quando ela ainda não adquiriu a maturidade neurológica e motora, saia correndo pela casa num andador, é pedir para que ela caia, machuque ou aconteça algo ainda mais grave.
Outra coisa que nós percebemos que é comum as mães usarem é o “chiqueirinho”. O tal cercadinho é um dos objetos infantis que as mães adoram comprar, pois ela é a certeza de um pouco de sossego, numa época em que a criança começa a engatinhar pela casa toda e a mãe está super atarefada, querendo cozinhar ou limpar a casa. Pois bem, o cercadinho em geral, acaba tolhendo uma fase importante do desenvolvimento da criança.
As fases da criança passam muito rápido e, em geral, os pais têm pouco tempo para curti-las. O aprendizado se faz por tentativa e erro, empiricamente, e nós precisamos estar atentos a esse fato, sabendo atuar na hora certa, tolhendo os abusos e as malcriações, mas procurando criar os filhos não como robôs obedientes, mas sim como crianças que têm prazer na descoberta do mundo que está à sua volta. Como eu sempre digo para as mães, ter filhos, criá-los e educá-los, é uma tarefa cansativa, mas extremamente prazeirosa, desde que curtida com intensidade e com a dose certa de amor nesta relação.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:25 | comentar | favorito

HOMEOPATIA

HOMEOPATIA

A homeopatia é uma especialidade médica, surgida na Alemanha, em 1796, quando Samuel Hahnemann, um médico insatisfeito com o modo tradicional de tratar a doença e o doente de sua época, havia abandonado a medicina e vivia de traduções de livros. Ao traduzir um tratado sobre o uso de cinchona, uma planta originária do Perú e que era muito eficaz para o tratamento da malária, descobriu que, ao tomar o medicamento, sem estar doente, desenvolvia vários sintomas da malária, como febre, calafrios e dores de cabeça, que duravam 3 dias e melhoravam, para depois voltar de novo, em tudo semelhante à doença que ela tratava. Descobria-se assim, o princípio da Lei de Semelhança, ou seja, o medicamento que causa, no homem sadio determinado sintoma, pode ser usado no doente que apresenta aquele determinado sintoma. Parece meio complicado, mas para entender a homeopatia, nós precisamos entender a medicina tradicional, ou seja, a alopatia. Esta última funciona pelo princípio dos contrários. Se eu tenho uma febre, eu uso um antitérmico, que combate a febre. Se eu tenho dor, eu uso um analgésico, que combate a dor. Se eu tenho uma infecção, uso um antibiótico, que combate aquela bactéria causadora da infecção. Esta é a chamada ação primária de uma droga. Passado algum tempo, eu tenho o chamado efeito colateral, ou seja, o efeito contrário àquela que eu desejo.
A homeopatia é sabidamente eficaz para tratar doenças alérgicas, o grande filão da especialidade. As pessoas que sofrem de infecção de garganta, rinites, asmas, sinusites, etc, respondem na sua maioria muito bem aos remédios homeopáticos.
Em alguns casos, usamos a própria bactéria causadora da doença em forma dinamizada, para tratar a infecção. É o chamado nosódio ou sarcódio.
Uma das grandes vantagens do uso da homeopatia é que ela praticamente não apresenta efeito colateral grave, como os medicamentos alopáticos, Hoje em dia, o avanço da medicina e da doença faz com que os laboratórios lancem remédios cada vez mais potentes, para atingir a finalidade de tratar as doenças. Com isso, multiplicam-se os casos de intoxicações, de efeitos colaterais, de alergia aos medicamentos utilizados, etc. Isso nào ocorre com a homeopatia.
Além disso, ao tratarmos com homeopatia, procuramos ter uma visão global e holística do doente. Não tratamos apenas a doença, e sim o doente. Isso faz uma grande diferença no enfoque dado ao paciente e à sua abordagem, que é feita de forma mais humanizada e com melhor relaçao médico-paciente, o que não tem ocorrido com a medicina tradicional, cada dia mais dependente da máquina, do aparelho, e menos humanizado.

publicado por drtakeshimatsubara às 01:23 | comentar | favorito
04
Fev 10

A ESCOLA E A CRIANÇA DO SÉCULO XXI

A ESCOLA E A CRIANÇA DO SÉCULO XXI

 

 

Quem assiste os telejornais, ou assiste as revistas televisivas dos domingos, tipo Fantástico, está cansado de assistir histórias de violência nas escolas, de professor apanhando de aluno, de professor ameaçado por adolescentes ou gangues de jovens.

Como médico perito do INSS, tenho assistido diariamente professores em busca do auxilio-doença por patologias psiquiátricas, principalmente quadros depressivos, ansiosos e uma doença relativamente nova, chamada Síndrome de Burn-out (ou síndrome do palito de fósforo queimado, numa tradução literal). Ou seja, os profissionais da educação em nosso país, estão se frustrando, estão sentindo que não estão conseguindo ensinar os seus alunos, que perderam o domínio sobre a sala de aula, que não estão conseguindo cumprir o seu papel de educadores.

O que terá acontecido? O mundo mudou? As famílias mudaram? Acabou o respeito?

A grande verdade é que o mundo mudou, numa velocidade tão grande, nas últimas décadas, que as pessoas não conseguiram entender essa mudança e se adequar a ela.

Nos últimos anos, temos uma infinidade de crianças inteligentes, aliás, muuuuuuuuuiitoo inteligentes, que eu chamaria de espíritos muito evoluídos, que estão nascendo em nosso planeta, com uma capacidade de raciocínio e de aprendizado muito diferente das nossas, de gerações mais antigas.

São as chamadas crianças Indigo, as crianças que vieram para dirigir o nosso planeta nesta era de Aquarius, uma nova era, uma era em que a força que moverá o mundo será o do amor, e não mais o dinheiro, o sexo, ou as drogas.

Ensinar essas crianças é o grande desafio, pois as regras e os conceitos do século passado não se aplicam mais. Querer que eles fiquem quietinhos, nas suas carteiras, enquanto a professora escreve no quadro negro, não será tarefa das mais fáceis. Ensinar para essas crianças, que são na verdade melhores dos que nós, seus professores, passará necessariamente por uma grande mudança de paradigma. O processo ativo-passivo terá que ser modificado para um processo participativo, onde a informação e o conhecimento tem que ser discutido e compartilhado, para poder ser finalmente absorvido e compreendido.

O jogo terá que ser mudado, suas regras terão que ser modificadas, para que, ao invés da força, com o professor impondo o conhecimento ao aluno, passemos para um processo onde o professor e o aluno troquem suas figurinhas, para construir um novo conceito pedagógico. Esta mudança se fará, infelizmente, com muito choro e ranger de dentes, pois nada que implique em mudança é um processo fácil e pronto.

Como pediatra, tenho a oportunidade de aprender todos os dias e participar ativamente desse processo, trocando figuras com mães angustiadas e principalmente com a minha esposa, coordenadora pedagógica de uma escola pública em Dourados, onde seus relatos de experiências vividas serve de material para reflexão constante.

Quando um diretor de escola, um coordenador ou professor tenta se impor pela força sobre seus alunos, ameaçando àqueles adolescentes problemas que ameaçam o bom andamento da disciplina e dos bons constumes, vemos que a curto, médio e longo prazo, aquilo não irá com certeza acabar bem. O educador que não entender que é preciso amor para lidar com o aluno, que não basta exigir a disciplina pela força bruta ou pela ameaça, mas sim que é preciso trocar energia boa com o aluno, que é preciso mostrar que se está realmente interessado no problema vivido por ele e que se quer de fato e da maneira mais desinteressada, sem segundas intençoes, ajudar o aluno problema, com certeza, irá medir forças e, no final do processo, o professor irá perder. Seja em forma de ameaça, de uma agressão física ou moral, o aluno reagirá e teremos mais uma matéria nos telejornais.

Para lidar com essa multiplicidade, de alunos muito bons ou muito maus, é preciso que todos nós refaçamos nossos conceitos, que entendamos claramente que somo todos atores de um processo que está por se fazer ou está se fazendo, e que conceitos antigos não servirão para nada, que temos que ter a sensibilidade para aceitar esse novo jogo, com suas novas regras, para que possamos assim criar uma nova teoria e um novo conceito que possa ser aplicado.

Isto não tem sido fácil e tem causado muito sofrimento. Vemos um grande número de professores que não têm o domínio da sala, que não conseguem interessar os seus alunos, pois tentam ensinar seguindo fórmulas que estão voltadas para o passado e não para o futuro.

Esta é uma questão que precisa ser discutida diuturnamente, para que possamos criar novas teorias de educação e criarmos um novo modelo pedagógico, pois se todos entendem que a educação é o caminho para desenvolvermos uma sociedade, esta precisa ser moderna, antenada nas mudanças e, principalmente, ter o AMOR como combustível.

 

 

publicado por drtakeshimatsubara às 01:15 | comentar | favorito