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Fev 11

IDÉIAS PARA DOURADOS, MS

IDÉIAS PARA DOURADOS, MS Ao ler posts em blogs e comentários dos cidadãos, vemos que existem muitas críticas à prática dos políticos, à corrupção que grassa nos meios políticos, à prática do fisiologismo e do clientelismo que norteia quase todos os quadrantes deste país. É preciso que usemos este espaço democrático, para pensar em práticas que elevem o nível da discussão, para podermos expressar idéias que possam contribuir para o fortalecimento e engrandecimento de Dourados e de nossa região. A política reflete a sociedade. Temos políticos ruins, de má índole e sem princípios morais, porque nós, eleitores, colocamos eles lá, para nos representar. Talvez a sociedade como um todo esteja doente, valorizando a prática do “jeitinho”, da esperteza, do levar vantagem em tudo, e os políticos, sejam apenas um reflexo desses atos que são praticados por uma maioria de seus cidadãos. Talvez os cidadãos de bem, pudessem se organizar, para sugerir que nossa cidade passe por uma reavaliação e possamos, enquanto cidadãos, sugerir projetos que realmente contribuam para o crescimento e a melhoria das condições de vida para os douradenses. Quando olhamos Dourados pelo Google Earth, vemos que ela é cortada por 3 avenidas principais, a Marcelino Pires, a Presidente Vargas e a Hayel bon Faker, cortando a cidade nos eixos norte –sul e leste-oeste, sem que haja corredores interligando bairros. É preciso criar corredores (aquilo que em medicina, nós chamamos de circulação colateral) que permitam as interligações das diversas regiões, sem que fosse preciso ir até o Centro. Temos 2 parques, o Antenor Martins e o Arnulpho Fioravante, que estão há décadas abandonados, com o mato crescendo, sem que a população possa efetivamente utilizar esses espaços em todo o seu esplendor. Tentou-se, no governo Tetila, dar uma utilização melhor, mas ficou apenas na intenção, ficando incompleta obras que viabilizassem sua real utilização, com criação de pistas de caminhada, espaço para se fazer piqueniques, arborizar e fazer projetos de paisagismo, para enriquecer o entorno dos lagos. São espaços tão bonitos e dentro da cidade que dá dó vê-los tão pouco utilizados e abandonados, tornando feio um local que tem uma grande potencialidade para de tornar um lindo cartão postal da cidade. Temos poucas praças e locais de convívio social. Nós douradenses, temos o hábito de tomarmos o tereré, mas precisamos fazê-lo na calçada em frente às nossas casas. E se criássemos espaços para o convívio social, onde os jovens pudessem incrementar esse hábito, um espaço para jogar conversa fora, para se ouvir música regional, enfim, tentarmos um espaço onde fosse possível realizar o resgate de nossa cultura douradense? É preciso que recuperemos e revitalizemos os córregos que cortam nossa cidade. ‘Seria uma oportunidade resgatar o projeto do Laranja Doce, do arquiteto Luis Carlos Ribeiro, que teve e tem ótimas idéias para nossa cidade. É preciso tirar o carro do centro comercial, criando espaços com calçadões para pedestres, para incrementarmos o comércio da área central. É preciso refazer as ciclovias destruídas pelo Ari Artuzi, pois somos uma cidade onde o número de bicicletas é imenso e só não a utilizamos mais, por falta total de segurança de se andar na rua, pois as ciclofaixas, em que pesem suas falhas de projeto no governo Tetila, pois foram implantadas sem que as ruas fossem alargadas o suficiente para permitir o convívio entre bicicletas e automóveis, em si, era uma boa idéia e que o prefeito cassado e preso, fez o favor de destruir em seu “desgoverno”. Precisamos pensar na questão indígena com seriedade e responsabilidade, pois os indicadores de suicídio, alcoolismo, uso de drogas, assassinatos e outras violências, mostram que temos, a poucos quilômetros de nossa área urbana, um caldeirão prestes a explodir, a qualquer momento, se ficarmos apenas empurrando o problema com a barriga, como temos feito durante décadas. Precisamos pensar na vocação da nossa cidade. Queremos ser uma cidade educadora? Uma cidade universitária? Um grande centro comercial? Um grande centro de prestação de serviços? Uma cidade industrializada, ou então, a soma de tudo isso? O poder público precisa participar das discussões com a Academia, com as nossa Universidades, para que possamos buscar soluções e aproveitarmos todo o manancial de idéias e riqueza de conhecimento que a vinda dos professores universitários, com doutorado, mestrado e pós doutorado, para que possam ajudar a contribuir para o enriquecimento de nossa cidade. Precisamos pensar em incubadoras de empresas, onde os professores universitários possam criar empresas tecnológicas de ponta, nas mais diversas áreas tecnológicas, para que elas produzam produtos e materiais de alta tecnologia, em consórcio com pequenas e grandes empresas. Precisamos lutar para sairmos do isolamento em que nos encontramos, viabilizando um grande aeroporto, que possa ter vôos internacionais, pois estamos tão perto de países do Mercosul e de suas capitais. Precisamos pensar no eixo ferroviário, para baratear o transporte de nossos produtos agrícolas. Precisamos lutar para que a BR 163 seja duplicada, de Mundo Novo até Pedro Gomes, pois teremos a oportunidade de sermos um entroncamento rodoviário importante e permitir com isso, uma interligação aos grandes centros do país. Precisamos discutir seriamente o modelo de trânsito de nossa cidade e a sua violência, com veículos trafegando a altíssima velocidade por suas ruas e avenidas, com motociclistas e ciclistas fazendo verdadeiras loucuras, desrespeitando regras elementares de trânsito e de cidadania. Somos uma cidade que desrespeitamos o pedestre, com semáforos com ciclos muito rápidos, onde todos saem em disparada assim que o sinal abre, pois em poucos segundos o sinal se fecha e não teremos conseguido sair do lugar se marcarmos bobeira ou tentarmos ser civilizados com os pedestres que atravessam a faixa quando o sinal se abre. Quase ninguém respeita o sinal vermelho e contornar uma rotatória é uma experiência onde o veículo de maior porte quer passar por sobre o menor e mais fraco. Viajando por São Paulo, onde morei há 20 anos atrás, pude perceber que o trânsito, embora muito mais congestionado e caótico, apresenta uma característica importante, com todos respeitando a velocidade permitida nas vias, em geral de 60km/h. Ou nas marginais, onde se circula a 90 km/h. Qual o segredo? Pardais e sensores de velocidade a cada 300 metros, sensores nos semáforos nos cruzamentos de via, semáforos sincronizados no tempo, e, principalmente, a presença maciça de guardas de trânsito, os marronzinhos da CET. Talvez fosse interessante copiar esse modelo, que foi muito criticado no passado, sendo chamado de “Indústria de multas”, mas que, com certeza, ajuda a racionalizar e a se fazer respeitar os limites de velocidade e as leis de trânsito. Enfim, são muitas as idéias, que poderiam ser discutidas pela sociedade e que, se efetivamente implementadas, talvez pudessem contribuir para que tivéssemos uma Dourados melhor e mais humana, como pregava o slogan de um político do passado.
publicado por drtakeshimatsubara às 20:04 | comentar | favorito
10
Fev 11

ELEIÇÃO EXTEMPORÂNEA EM DOURADOS, MS

ELEIÇÃO EXTEMPORÂNEA EM DOURADOS, MS Aberta as urnas, está eleito Murilo Zauith prefeito de Dourados, MS. Esperamos que com isso, estejamos encerrando uma fase negra da história político-administrativa de nossa cidade. Após o vendaval que varreu a nossa cidade, com manchetes nos jornais de todo o Brasil e até de sites internacionais, a prisão de Ari Artuzi, ex-prefeito, Carlinhos Cantor, vice-prefeito, Sidlei Alves, presidente da Câmara Municipal , da primeira dama, Maria Artuzi e de nove vereadores e outras pessoas públicas, empresários, empreiteiros, administradores de hospital e outros, esperamos ter a oportunidade de retomarmos nosso ciclo de desenvolvimento e de solução dos diversos problemas que afligem os serviços públicos, como início das aulas nas escolas municipais adiadas por falta de professores, postos de saúde sem atendimento médico ,sem medicamentos, e com as ruas esburacadas e sem conservação das vias públicas, com o mato tomando conta de tudo. A população de Dourados, nos últimos 2 anos, tinha a sensação de viver numa cidade sem governante, pois a eleição de Ari Artuzi, um motorista analfabeto e sem nenhum preparo para o cargo, (nada contra os analfabetos e os motoristas, por favor), fazia com que a gente se sentisse abandonado à própria sorte. É um grande desafio, administrar uma cidade com a complexidade e a importância de Dourados. Por ser um pólo regional, milhares de pessoas das cidades vizinhas procuram-na diariamente, buscando o atendimento especializado que não tem em sua cidade de origem, fazendo compras, ou fazendo exames especializados. A população espera que Murilo componha uma boa equipe, composta por técnicos bem preparados, nos diversos setores, que possam efetivamente sanar os problemas e criar soluções para o caos administrativo que a era Artuzi deixou como legado para nossa cidade. Que tenha muita sabedoria para compor as suas principais secretarias, mormente a de Saúde, Educação, Obras e de Governo. Principalmente, que ele tenha coragem de nomear pessoas que não estejam intimamente ligados com os vários esquemas que há décadas, vem dilapidando o erário público. Se realmente ele colocar em prática as suas propostas, principalmente a de realizar licitações por pregão eletrônico, com suas compras feitas junto a empresas de todo o país, de forma ética, justa e pelo menor preço e maior qualidade, estará realmente dando um basta ao principal problema que contaminou a credibilidade dos últimos prefeitos. Se somado a isso, efetivar a prática de convidar indústrias para se instalar em nosso município, mediante a concessão de incentivos fiscais; se efetivar sua promessa de resolver os problemas mais urgentes da saúde pública em 90 dias, se colocar técnicos indicados pelas entidades de classe para compor seu secretariado, aí sim realmente teremos nossas orações por dias melhores atendidas. Quando se anda pela cidade e se vê as inúmeras obras realizadas em nossa cidade, nós ficamos com a sensação de que tivemos vários políticos que trouxeram obras para a cidade, mas que foram superfaturadas e o dinheiro publico roubado. Quando se anda pela praça Antonio João, quando vemos o Pavilhão de Eventos, o recapeamento das ruas, fica-se com a sensação de que algo de errado pode ter ocorrido nos meandros entre a liberação da verba e a efetiva realização da obra. Nestes momentos difíceis por que passa a nossa humanidade, onde o Sétimo Selo foi rompido e as forças do mal liberadas, nos momentos que antecedem a grande mudança vibratória do nosso planeta, o chamado “FIM DOS TEMPOS” assistimos à toda sorte de maldades em nosso planeta. Principalmente, a corrupção, que grassa nos meios políticos, onde o honesto é uma raríssima exceção, mal visto pelos demais corruptos, por atrapalhar uma prática corriqueira e quase que generalizada em todos os níveis políticos. A prática do mensalão, denunciada no governo Lula, parece ter se tornado uma prática generalizada. A prática do “retorno”, um percentual sobre a verba liberada, tornou-se algo corriqueiro, na mesma lógica da corretagem de um imóvel ou da venda de um automóvel, uma comissão “normal” que todo mundo recebe. Estamos vivendo uma era em que estamos perdendo o referencial, o Norte para a nossa bússola, que se encontra descalibrada. A Ética e a moralidade tornaram-se algo distante, uma prática que pertence ao passado e que não faz parte da nossa época. Esperamos que encerrado este ciclo negro, possamos retomar o dia a dia normal de qualquer cidade, mas, principalmente, retomarmos nossa auto-estima de cidadãos douradenses, pois nos últimos tempos, fomos alvos de gozações e achaques dos moradores de outros municípios. Quando saíamos do Estado e quando dizíamos que éramos moradores de Dourados, imediatamente nos perguntavam sobre o prefeito preso, sobre a corrupção, os maços de dinheiro que foram filmados, sendo entregues às autoridades municipais. Precisamos superar este ciclo que manchou nossa história. A eleição de Murilo, em que pesem sua votação pífia, de 50,6% do total de votos, quando era o candidato único, mostra que a população está de saco cheio de tanta roubalheira e não confia nos políticos, seja ele qual for. É preciso que Murilo mostre a todos que ele é feito de um outro material, de outro naipe, e que, na próxima eleição municipal, a participação popular retome os índices de normalidade. É o que todos esperamos. Vamos torcer para que tudo dê certo...
publicado por drtakeshimatsubara às 19:30 | comentar | favorito